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Ticuna

Os Ticuna se organizam em clãs patrilineares (nações), que possuem como nomes elementos da natureza, podendo ser ou um pássaro, ou um animal ou vegetal. As nações se dividem em nações de pena e nações sem pena, onde o membro de uma metade só poderá se casar com uma pessoa da outra. Segundo o mito, os heróis culturais, os irmãos Yoi Ipi, criaram os humanos e suas nações, ensinando-lhes como se pintar e casar entre si. 

A cerimônia mais marcante dos Ticuna é a “Festa da Moça-Nova”, em que ocorre a nominação das crianças e o ritual de puberdade das meninas. Nesse ritual, os nomes e as nações (clãs) das crianças são confirmados. No caso da moça, worecü, o rito ocorre após a primeira menstruação, para prepará-la para a vida em sociedade. O ponto alto da festa é o momento em que os cabelos da moça são arrancados. Os participantes pintam a face com jenipapo, utilizando elementos gráficos que correspondem à nação de cada um. As crianças e as moças têm seus corpos pintados com jenipapo e, depois, recebem uma pintura com urucu sobre a qual se aplicam penas brancas de pássaros. Aqui, destacam-se as máscaras, os escudos, as paredes externas do curral (turi) onde a moça fica reclusa, os instrumentos musicais, e o próprio corpo. 

[baseado em: GRUBER, Jussara Gomes. A arte gráfica Ticuna. In Lux Vidal (org): Grafismo Indígena. São Paulo: EDUSP, 1992. p. 249-264; e OLIVEIRA FILHO, João Pacheco. O nosso governo: os Ticuna e o regime tutelar. São Paulo: Marco Zero; Brasília: MCT/CNPq, 1988. p. 88-160.]

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